Escrito por: Sandra Maria de Sousa Pereira
Ontem começou o Ano Novo Chinês, na primeira Lua Nova no signo de aquário.
Diferentemente do ano novo ocidental, essa é uma data móvel, já que o calendário chinês leva em consideração as fases da lua e a posição do sol.
Ano do Porco de Terra, que fecha o ciclo do horóscopo chinês. O porco traz prosperidade, alegria, diversão e encerramentos. Novos começos.
Por tradição, os chineses escrevem, neste período, os desejos com tinta preta em tiras de papel vermelho e penduram na porta de entrada.
O ser humano culturalmente estabelece rituais, para marcar as passagens de sua vida. Somos seres de costumes e hábitos e necessitamos de significado.
Uma das formas de dar significado é estabelecendo rituais, que nos conectam com a energia que queremos ou sentimos para aquele momento.
Já tivemos o ano novo do calendário ocidental, que, mais que um recomeço, marca o final de um ano e a renovação das resoluções de ano novo, com promessas, metas e sonhos para o ano seguinte.
Mas, antes, tivemos as férias, o merecido descanso depois de tantas atividades no ano anterior… Mesmo quem não saiu em férias, desfrutou a cidade mais vazia, o trânsito melhor e a possibilidade de encontros com os amigos que estavam por aí.
O que ocorre normalmente é que colocamos tudo em compasso de espera, para depois das férias, quando começarem as aulas, os projetos, as atividades “de verdade”.
Às vezes isso significa fevereiro… às vezes significa depois do Carnaval.
De qualquer maneira, há um determinado momento em nossa cabeça que diz… “Bem, é isso…começou. Borá lá fazer acontecer”… e por aí vai.
Para mim, este momento está sendo agora, nesta semana, “coincidindo” com o início do ano novo chinês.
Momento de começar de verdade, depois de um janeiro com atividades, sim, mas meio preguiçoso.
Janeiro que elegi para começar a cuidar mais de mim de verdade, me conectar mais com minha essência, minhas necessidades, refletir sobre o que deve mudar e o que deve permanecer.
Quantas vezes confundimos padrões adquiridos em anos e anos de condicionamento com quem realmente somos e acabamos limitando nossa ação e nossas possibilidades de alegria e plenitude?
Para este ano novo, estou trazendo o desejo de mais leveza, em todos os níveis, inclusive físico.
Mais conexão com o meu sentir, as minhas necessidades e o fazer diferente. Experimentar novas formas de mim mesma, sem perder a essência.
Estou deixando para trás muitos “tenho que”, muitas falsas obrigações e pressupostos que só me puxavam para baixo.
Estou estabelecendo metas, sim, mas poucas e boas, para que eu possa manter o foco e de verdade tirar algumas coisas antigas da frente. Resolver questões que vêm se arrastando por muito tempo e atrapalhando o meu fluir.
Muito foco no que eu quero e que me faz bem, sejam coisas, experiências, pessoas, num relacionamento positivo com minha estória, com as minhas forças e com meus sonhos, num movimento de contínua gratidão e apreciação da beleza.
Estou começando esse ano novo de alma lavada e passada… cheirosinha e cheia de leveza.
E você, como está começando este ano?
Para este ano, desejo que você saia do automático, do padrão, e defina sonhos, metas, objetivos e desafios que realmente o aproximem da sua essência e o ajudem a crescer e a transformar sua vida para melhor.
E principalmente muita leveza e alegria!
Feliz Ano Novo… ocidental, chinês, pré ou pós-carnavalesco… que importa?
O importante é buscar aquilo que fala à sua alma, que faz fluir, criar, sorrir. Muita leveza, diversão, fechamentos e (re)começos.
Na verdade, desejo-lhe um feliz VOCÊ, novo, de novo e sempre…