Semana passada fiquei bastante impactada com duas edições do “Café com Edu”, um sobre o tema Símbolos e outro sobre o tema Sinais.
O “Café com Edu” é uma reflexão semanal transmitida on line ao vivo (via Facebook e Youtube), realizada pelo Eduardo Seidenthal, idealizador e fundador da Rede Ubuntu, uma proposta de trabalho em rede, cujo produto mais conhecido é a promoção do Eupreendedorismo (como descobrir seu propósito e viabilizar o viver esse propósito), e da qual tenho orgulho de fazer parte (veja no final deste texto os links para o Café com o Edu e o site).
No seu tom leve, despretensioso, simpático e, ao mesmo tempo, profundo, o Edu falou desses dois temas, que me são tão caros.
Por uma dessas “coincidências” inexplicáveis, acabei vendo os dois juntos, porque estava viajando na semana anterior e quis “tirar o atraso”.
E isso fez com que eu tivesse muitos insights e me lembrasse de coisas muito importantes para a minha vida.
Sinais
“O exercício de prestar atenção aos sinais da vida é um exercício de presença.” Eduardo Seidenthal
“Coincidentemente” o tema presença esteve presente (redundância proposital, tá?) no último tema que tratamos: Esteja Presente para o que está presente – Mindfulness (Aqui)
É interessante que os sinais são o tema da primeira revelação do livro A Profecia Celestina, de James Redfield, que fala da necessidade de tomarmos consciência das coincidências ou sincronicidades (para falar de uma forma psicologicamente mais moderna, conforme Jung), as quais nos apontam o caminho a seguir.
Olhe não apenas com a mente. Olhe com a alma. A vida que está chegando já está diante de nós, esperando o mundo abrir. Apenas olhe mais de perto. Encontre os olhos para ver.” James Redfield
As coincidências surgem de diversas formas na nossa vida, pode ser através de mensagens trazidas por pessoas que se cruzam no nosso caminho, através de intuições, pensamentos, sonhos, acidentes, objetos que quebram, livros que lemos.
Conheci uma senhora que dizia que quando tropeçamos, a vida está nos avisando que estamos indo pelo caminho ou no passo errados… sinais!
Tudo o que está na sua vida te pertence, ou seja, tudo que surge na nossa vida não está lá por acaso, mas responde a uma necessidade de nossa alma de se desenvolver. Só devemos ficar receptivos a essas coincidências e aos seus significados.
Às vezes basta uma frase dita por alguém, uma intuição, um sonho, um pensamento, uma música, até mesmo um telefonema errado, que penetra em nós com uma tal intensidade que o rumo da nossa vida ou muda e esse elemento serve de marco ou nos confirma de que estamos no caminho certo.
A isso, a essas coincidências significativas, que acontecem sem explicação aparente e vão além de uma conexão de causa e efeito, Jung deu o nome de Sincronicidade.
“O princípio da causalidade nos afirma que a conexão entre a causa e o efeito é uma conexão necessária. O princípio da sincronicidade nos afirma que os termos de uma coincidência significativa são ligados pela simultaneidade e pelo significado” (Jung)
Para ser uma sincronicidade, um verdadeiro sinal, não basta a coincidência, mas tem de ser uma coincidência significativa, em que os acontecimentos externos coincidem com movimentos internos ou de vida.
Como no exemplo que o Edu nos dá, em que os seus meios de locomoção (externos) tiveram problemas e ele percebe uma conexão com as mudanças que fez e ainda precisa fazer na sua vida, no seu modo de se “movimentar”, de fazer as coisas.
“Há coincidências que mudam completamente a vida da gente. Acasos, que nos levam por caminhos inusitados, apontando, como setas fluorescentes, soluções que, de outra forma, estariam totalmente fora do nosso campo de visão. Acontecimentos inusitados, que chacoalham nossa existência, apresentando-nos uma nova perspectiva do mundo e das coisas. É justamente por causa disso, que algumas pessoas acreditam que as coincidências são eventos reveladores, sinais de que uma força superior atua sobre nossas vidas, criando situações de aprendizado, abrindo um caminho claro em meio à densa névoa de ilusão que teimamos em aceitar como realidade. Pessoas que pensam assim chamam as coincidências de sincronicidades. Na Profecia Celestina descrevo de que maneira esses fenômenos ocorrem em nosso dia a dia e como podemos utilizá-los para acelerar nosso processo de autoconhecimento e nosso desenvolvimento espiritual.” (James Redfield)
Respeito muito os sinais. Às vezes até peço por eles. Já tive sinais por meio de sonho verdadeiramente premonitórios (esses eventos são raros, mas muito significativos, de forma que não deixam dúvidas sobre o seu significado).
Normalmente os sinais funcionam assim para mim: quando eles vêm, têm uma força que não deixa dúvida, mesmo que eu não os entenda logo de cara.
Ultimamente tenho recebido vários deles, que têm me mostrado que preciso mudar algumas coisas também no meu caminhar.
Acho melhor fazer isso, antes de meu carro me deixar na mão, né Edu?
Símbolos
Já o papo do Edu sobre símbolos veio confirmar minha forma de ver esse assunto. Sou uma pessoa que precisa sempre estar rodeada de símbolos, criando símbolos, inspirando e sendo inspirada por eles.
Acredito muito nessa necessidade de usar símbolos para expressar sua autenticidade e coerência com seus valores e objetivos.
Como diz o Edu, os símbolos nos ajudam a ornar o que somos com a forma como vivemos. E “Ornar” é tudo!
Não é à toa que uma das primeiras coisas que defini ao iniciar minha carreira de coach e consultora independente, após mais de 30 anos de trabalho corporativo, foi o nome da minha empresa, seu logo e o seu lema. E tudo isso, repleto de símbolos e significados.
O nome Antuak, que escolhi de uma forma quase “mágica”, significa energia transformadora (veja aqui a história do nome), o que tem tudo a ver com o que me proponho a fazer com minhas atividades de Coaching, Treinamento, Poesia e Reiki.
O logo que escolhi é uma estrela em voo, que tem a ver com desenvolvimento, com o brilho de cada um.
E o Lema, não poderia ser diferente: “Gente é para Brilhar”, que é o que realmente acredito e que me inspira: que pessoas podem e devem se desenvolver e brilhar, na sua individualidade e integridade.
Além disso, sempre busco para meus clientes temas, referências, livros, atividades, presentes e brindes que possam servir para eles de símbolos de sua transformação durante nossos processos.
Sinais e Símbolos caminham sempre juntos
Ter assistido aos dois vídeos juntos realmente foi para mim, ao mesmo tempo, um símbolo e um sinal e me provocou uma reflexão profunda sobre o quanto esses dois temas estão interligados na minha vida e sobre o quanto é importante sempre estar atenta a eles.
Cada vez que eu encontro, recebo ou produzo um sinal (quem pode dizer de onde eles vêm realmente?), eu automaticamente procuro os símbolos da minha vida, para checar o que está acontecendo, se estou atuando de forma coerente com o que acredito e com quero atingir. “Walk the talk”!
Ou então, acabando produzindo outros sinais e símbolos, seja um texto, uma poesia, um objeto… enfim, busco e construo essa coerência.
No final, concluo que sinais são símbolos que o nosso inconsciente deixa no nosso caminho, nos apontando a direção a seguir… símbolos são sinais que despertam o nosso inconsciente para o que é importante para nós, para nossa essência.
Entre sinais e símbolos vamos tecendo nossa teia de vida, ao encontro dos nossos sonhos e do nosso ser integral.
Para ir mais fundo:
Café com o Edu – Sinais
https://www.youtube.com/watch?v=fwZDONo0pnc&feature=share
Café com o Edu – Símbolos
https://www.youtube.com/watch?v=VTzZkauqLAg&feature=share
Rede Ubuntu – http://www.redeubuntu.com.br/
Livro
A Profecia Celestina – James Redfield, Fontanar
Um comentário